segunda-feira, 30 de julho de 2012

Informativo 30 de julho 2012


Suicídio e gravidez na adolescência

Por Jairo Bouer

Duas pesquisas recentes sobre comportamento e saúde dos jovens – principalmente das adolescentes – chamam a atenção por dois motivos: abordam o delicado tema da morte das garotas no mundo e divergem sobre qual seria a principal causa dessa tragédia.

O primeiro estudo, publicado em junho na revista médica The Lancet, esmiúça a questão do suicídio. Diz que é a segunda causa de morte de jovens no mundo e a principal entre as garotas. O segundo, divulgado neste mês pela ONG inglesa Save the Children, revela que a maior causa de morte das jovens são as complicações decorrentes de uma gravidez precoce.

O suicídio na juventude foi sempre um tema espinhoso. Dizia-se que os índices eram altos em locais como o Japão (em que os jovens seriam submetidos a muitas exigências) e nos países nórdicos (onde o excesso de proteção social causaria impacto na perspectiva de vida). Não se imaginava, porém, que o fenômeno tivesse proporção planetária nem que transtornos psiquiátricos, como depressão e dependência de drogas, fossem tão prevalentes entre os jovens. Nem que estivessem tão intimamente ligados ao suicídio.

Instabilidades emocionais típicas da adolescência, contato precoce com situações da vida adulta (como sexo) e imaturidade para lidar com questões complexas são outros fatores que podem tornar a vida dos jovens uma mistura explosiva. Uma sociedade que impõe padrões rígidos de desempenho, imagem e consumo também pode contribuir para os suicídios.

Com relação à gravidez na adolescência, sabe-se que, em muitos países, como o Brasil, houve uma redução importante do número de casos nas duas últimas décadas. Mesmo assim, em cada cinco ou seis nascimentos no país, há uma adolescente na sala de parto. 

Quase metade planejou engravidar. Isso revela como a maternidade representa um projeto de vida e uma esperança de estruturação familiar para elas. Vale lembrar que problemas como diabetes, pressão alta e complicações no parto são mais comuns no corpo de uma adolescente. Cerca de 50% dessas gestações não chegam ao final por abortos espontâneos ou provocados.

Mais importante que saber a principal causa de morte é pensar em estratégias para identificar e tratar os transtornos mentais. Outro ponto é trabalhar a prevenção da gravidez na adolescência.

Deixo duas questões. Será que o medo e o despreparo em lidar com uma gestação ou com um aborto não podem desestabilizar o equilíbrio emocional e contribuir para um maior risco de suicídio? Ou será que uma garota com a autoestima abalada engravida para tentar achar um papel social? Talvez os dois problemas estejam mais próximos do que imaginamos.   

 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Livro: Madame Bovary



Madame Bovary
Por Carolina Freitas


Madame Bovary é um clássico, publicado em 1857, por Flaubert. Foi um dos escândalos da época por retratar a infidelidade feminina em pleno século XVII, na França. Porém, este desembaraçar de relações é de uma fantástica sutileza, sendo todos os movimentos importantes. 

Os valores da nobre sociedade francesa e sua sexualidade são retratados nos menores detalhes: movimentos de cortinas, posição de móveis, passos na casa, xales e galochas...

Existem dois importantes personagens neste romance: Charles, que é um homem obstinado, perseverante e estudioso. Tornou-se médico para sustentar a mãe – é órfão de pai. Realiza seu primeiro casamento por status, ela morre. Casa-se, então, com Emma, que é uma mulher órfã de mãe, egoísta e fantasiosa. Foi interna de um colégio de freira, onde teve uma educação incompatível com sua realidade, pois tendo um pai fazendeiro e rude foi criada como uma madame. Conhecendo Charles na fazenda de seu pai, casa-se com ele por puro interesse, pois não havia amor, mas sim pretensão de acesso à nobreza por casar-se com um médico.

Há entre este casal um montante de dívidas por não haver dinheiro suficiente que mantivesse o jogo de interesse de ambos – o status. E, também, os amantes de Emma, que mantinham vívidas suas fantasias de amor romântico, apesar de vivenciar um amor paixão de seu marido e o amor erótico de seus amantes.

É um livro de leitura lenta e cuidadosa. Faz com que nos lembremos de ser importante estarmos sempre atentos aos detalhes de uma vida, de um relacionamento.

Flaubert, G. (1944) Madame Bovary. São Paulo: Ed. Clube do livro.



segunda-feira, 23 de julho de 2012

Informativo 23 de julho de 2012


Depressão: uma realidade obscura e abstrata do sofrer
A depressão tem afetado milhões de pessoas a cada ano, indiferente da idade, sexo ou condições socioeconômicas.

Cada vez mais conhecemos pessoas que se encontram acometidas por uma tristeza profunda, uma melancolia e angústia, a princípio, sem explicações aparentes. Na verdade, tem crescido significadamente o número de pessoas que apresentam esses sintomas. A OMS (Organização Mundial da Saúde) prevê que até o ano de 2020 a depressão passe a ser a segunda maior causa de incapacidade e perda de qualidade de vida. A depressão tem afetado milhões de pessoas a cada ano, indiferente da idade, sexo ou condições socioeconômicas.

Afinal, o que vem a ser mesmo a depressão? A depressão é caracterizada por um estado em que o humor fica deprimido e melancólico. O indivíduo sente-se angustiado, ansioso e apresenta um enorme desânimo com uma falta de energia e, sobretudo, uma falta de vitalidade mostrando-se apático e sem motivação para enfrentar a vida.

É difícil medirmos o tamanho sofrimento que esta doença causa. E com isso, pode-se retardar o diagnóstico correto, fazendo com que a doença se agrave.  A depressão é causada por um desequilíbrio nas conexões de algumas substâncias do cérebro.  As causas de depressão são múltiplas, de maneira que somadas podem iniciar a doença. Deve-se a questões constitucionais da pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos somados a fatores ambientais, sociais e psicológicos. Assim, existem fatores externos que favoreçam o surgimento: divórcios, mortes, diagnósticos de doenças, perda de emprego, problemas financeiros graves, abuso ao álcool e outras drogas, mudanças hormonais, histórico familiar favorável, etc.

Conheça alguns sinais e sintomas da depressão, assim você poderá ajudar a alguém próximo:

- Humor depressivo com tristeza durante a maior parte do tempo;
- Irritabilidade e ansiedade;
- Desânimo e perda de interesse por atividades que antes eram agradáveis;
- Mudanças no apetite;
- Insônia ou sono em excesso;
- Cansaço mental e dificuldade de concentração com esquecimentos;
- Tendência ao isolamento social;
- Sentimentos de inferioridades e culpa;
- Redução da libido;
- Ideias de morte e até suicídio;
- Sensação de desespero e insegurança.

A depressão tem tratamento, e em mais de 80% dos casos as pessoas melhoram com o tratamento adequado. Os tratamentos incluem: psicoterapia cognitivo comportamental (TCC) e medicamentos. A prática regular de atividade física, uma alimentação balanceada, uma rotina com uma higienização do sono ajuda e completa o ciclo do tratamento. Ajude a identificar pessoas com depressão e encaminhe-as para os profissionais capacitados e responsáveis pelo tratamento.
 
Como disse o mestre A. Cury: “nunca despreze as pessoas deprimidas. A depressão é o último estágio da dor humana”. Assim como diabetes, asma, hipertensão dentre outras doenças, a depressão é mais uma doença, que tem tratamento e precisa ser encarada com mais seriedade e menos preconceito.
“Antidepressivos tratam a dor depressão, mas não curam o sentimento de culpa e nem tratam a angústia da solidão”. (A. Cury em: O futuro da humanidade)

Por: Karina Simões
Fonte: http://www.karinasimoes.com.br/blog/depressao+uma+realidade+escura+e+abstrata+do+sofrer-130#.UAyd0je8f69.twitter

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Amores Homossexuais


Ontem, 19 de julho 2012, Pedro Bial, no programa Na Moral, na Rede Globo, falou sobre direitos dos homossexuais, principalmente do casamento homossexual.

A fala dele reflete a importância da educação sexual, que favorece o respeito e a boa comunicação. Não é preciso concordar, mas sim respeitar!

Deixo aqui a fala de Pedro Bial:

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Amores gays, privacidade e moral são os temas dos textos - em: Na Moral