domingo, 27 de maio de 2012

Abuso Sexual



ABUSO SEXUAL
Por Carolina Gonçalves de Freitas

Nesta última semana muito tem se falado sobre abuso sexual. O tema veio à tona com a entrevista que a apresentadora Xuxa deu no programa Fantástico sobre os abusos por ela sofridos na infância e adolescência e a sanção da Lei Joanna Maranhão (Lei 12.650/2012 – sobre a contagem de tempo para a prescrição dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes).

Com isso, muitos(as) têm me perguntado sobre o tema. Então, resolvi escrever e esclarecer um pouco sobre o tema – Abuso Sexual.

A satisfação do desejo sexual de um adulto tendo a criança como instrumento, qualquer tipo de aproximação sexual inadequada entre menores em diferentes fases de desenvolvimento e coerção física e emocional definem o abuso.

A agressão sexual vem sendo mantida por uma cultura machista e conivente com a violência doméstica. Inclusive ontem, 26 maio 2012, houve por todo o Brasil a Marcha da Vadias – em protesto as(os) manifestantes tinham como objetivo alertar a sociedade para a violência e o abuso sexual contra mulheres. A marcha é uma forma legítima de combate ao machismo e luta pelo fim de todas as formas de violência contra as mulheres (física, sexual, psicológica e simbólica).

A violência se manifesta através do dano físico, do dano psíquico, do abandono, da negligência e do abuso sexual à criança. Sendo este último a forma mais grave de maltrato infantil, por ser um dos traumas psíquicos mais intensos, com conseqüências destrutivas da personalidade do abusado.

O dano físico pode ser indicado através de lesões nas zonas genital e/ou anal, sangramento pela vagina e/ou ânus, infecções do trato genital, gravidez, acrescentado de hematomas e escoriações. Já o dano psicológico pode estar relacionado à idade do início do abuso, a duração do abuso, o grau de violência ou a ameaça de violência, a diferença de idade entre o abusador e o abusado, a ausência de figuras parentais protetoras e o grau de segredo.

A pessoa abusada pode apresentar sintomas como: altos níveis de ansiedade, baixa auto-estima, distúrbio do sono, distúrbio de alimentação, xixi na cama, distúrbios de aprendizado, comportamento muito agressivo ou apático, abatimento profundo, comportamento sexualmente explícito, masturbação visível e contínua, brincadeiras sexuais agressivas, desconfiança em adultos, especialmente os mais próximos, não participação de atividades escolares, ter poucos amigos, relutância em voltar para casa, idéias de suicídio, fugas de casa.

O abandono e a negligência geram uma sensação de desamparo que pode fazer com que a criança/adolescente busque afeto a qualquer custo, com qualquer pessoa, conhecida ou desconhecida. Logo, a curiosidade sexual das crianças deve ser satisfeita conforme sua manifestação, lembrando que a criança desinformada é presa fácil de abuso sexual. As crianças abusadas são, geralmente, mais imaturas emocionalmente.

O abuso pode variar desde uma exposição dos órgãos sexuais, carícias, toques, penetração digital, sexo oral, vaginal, anal, grupal, filmes, fotografias.  Ocorre em todas as camadas socioeconômicas, independente de sexo ou idade, podendo acarretar em lesão física, trauma psicológico, silêncio, vergonha e culpa.

O impacto da vivência do abuso é singular para cada indivíduo.  Vale ressaltar que a falta de informação, o preconceito e a descrença no sistema judiciário brasileiro podem interferir no número de denúncias. Porém, atualmente, o número de denúncias vem aumentando, principalmente através do disque 100 (Disque Denúncia Nacional). Disque 100

Atualmente a sociedade e a mídia têm favorecido a sexualização infantil, através das danças, músicas, roupas, programas infantis, acarretando em um comportamento sedutor por parte das crianças. O adulto deve, então, ensinar à criança a discriminar afeto de sexualidade, para a criança não ter apenas as carícias sexuais como única expressão de afeto conhecida. Nunca é demais lembrar que ocorrendo abuso, mesmo tendo havido um comportamento sedutor infantil, o adulto é o responsável pelo abuso, pois é ele quem tem condições emocionais de não aceitar esta sedução. O limite é dado pelo adulto!  



“O sentimento de culpa da criança origina-se de seu senso equivocado de responsabilidade, que ela deriva do fato de ter sido uma participante no abuso. Essa confusão muitas vezes é reforçada pelas ameaças da pessoa que cometeu o abuso, de que a criança será responsável pelas consequências se revelar o abuso”. (Tilman Furniss, 1993).

“Nem mesmo o mais sexualizado e sedutor comportamento jamais poderia tornar a criança responsável pela resposta adulta de abuso sexual, em que a pessoa que comete o abuso satisfaz seu próprio desejo sexual em resposta à necessidade da criança de cuidado emocional”. (Tilman Furniss, 1993).
 


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Profissão Repórter – Sexualidade do Adolescente

Profissão Repórtes - 15 maio 

Casais adolescentes têm vida de casados na casa dos pais
 
Nos finais de semana, os jovens passam o dia e dormem juntos na casa dos pais. Programa mostra como as famílias lidam com o namoro dos adolescentes.
 
O Profissão Repórter desta terça, 15 de maio, foi para rua com o desafio de mostrar como as famílias estão lidando com namoro dos jovens hoje.
 

A repórter Thais Itaqui visitou alguns colégios em São Paulo, conheceu diversos casais de namorados e mostra que cada casa tem suas regras. Dora e Gabriel, de 18 anos, namoram há quatro e, nos finais de semana, levam uma vida de quase casados, porém, na casa dos pais. Na casa de Dora, os dois dividem o banheiro, dormem no mesmo quarto e fazem as refeições juntos. Na casa de Amanda, as normas são outras: ela pode levar o namorado, Lucas, para a sua casa, desde que eles durmam em quartos separados.
 

Na periferia, a repórter Valéria Almeida encontrou adolescentes que, em pouco tempo de namoro, moram junto com os parceiros e engravidam antes de completar 18 anos.
 

E a repórter Eliane Scardovelli foi até a região da Avenida Paulista, em São Paulo, para conversar com jovens gays. E percebeu que muitos casais assumem o relacionamento publicamente, mas ainda enfrentam problemas com a família dentro de casa. As exceções são Raul e Jonas, que vão juntos ao almoço de Dia das Mães na casa de Leila, mãe de Raul.

Fonte: http://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2012/05/casais-adolescentes-tem-vida-de-casados-na-casa-dos-pais.html

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Informativo 17 maio 2012

17 DE MAIO: DIA INTERNACIONAL CONTRA A HOMOFOBIA


Campanha de Enfrentamento à Homofobia

17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia
 

Por Joana Teles (Trechos do texto)
 

O Dia Internacional Contra a Homofobia assinala-se hoje, a 17 de maio, data em que, em 1990, a Organização Mundial de Saúde retira a homossexualidade da lista de doenças mentais. Hoje, sublinha-se que a homossexualidade não tem cura porque não é doença. E não tem perdão porque não é pecado.
 

A homossexualidade já foi considerada doença mental, até que, a 17 de maio de 1990, a OMS corrige esse erro histórico, num caminho incompleto, rumo à igualdade entre pessoas com orientação sexual diferente.
 

O ser humano pode ser homossexual, heterossexual, ou bissexual. Qualquer uma destas orientações tem o mesmo valor clínico, sendo que a heterossexualidade é a condição dominante. Deveria ser esta a única característica diferenciadora, mas o processo de educação humana no combate à homofobia está longe de ser concluído.
 

Alguns números podem ajudar a compreender a homossexualidade. Em primeiro lugar, é mais usual do que se julga. Há estudos que sugerem que 22 por cento da população tem tendência homossexual, ainda que outras pesquisas apontem uma percentagem inferior: cerca de 13 por cento.
 

Ao longo de séculos, foi considerada doença ou distúrbio, pecado, proibida por lei. Foi razão de penas de morte, até que os países desenvolvidos reeducaram as sociedades para a percepção de que a homossexualidade não tem cura porque não é doença, não tem perdão porque não é pecado.
 
A 17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia, o mundo traça mais um combate nessa batalha, a batalha contra a homofobia, pelo direito à diferença. Neste dia, em 1990, a OMS deu o primeiro passo. Em 1991, a Amnistia Internacional passa a considerar que a discriminação contra homossexuais é uma violação aos direitos humanos.
 

Passaram mais de duas décadas, mas até as sociedades ditas mais desenvolvidas têm de lutar contra a homofobia, uma luta que só será ganha quando deixar de fazer sentido.
 

Neste dia, em 1990, a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde retira a homossexualidade da lista de doenças mentais. Nove anos mais tarde, Ehud Barak é eleito primeiro-ministro de Israel e em 2009, também a 17 de maio, Dalia Grybauskaitė torna-se a primeira mulher eleita Presidente da Lituânia.
 

Fonte: na íntegra em: http://www.ptjornal.com/201205167875/geral/hoje-e-dia/17-de-maio-dia-internacional-contra-a-homofobia.html
 

Dia Internacional contra a Homofobia: Departamento de Aids alerta que população LGBT permanece à margem dos serviços de saúde
 

Entre as iniciativas priorizadas pelo órgão para enfrentar a homofobia, estão a implementação do Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Aids e outras DST, com ações voltadas para lésbicas, transexuais e mulheres bissexuais; e do Plano Nacional de Enfrentamento da Epidemia de Aids e das DST entre Gays, HSH e travestis.
 

Segundo o Departamento, foram lançadas campanhas publicitárias dirigidas ao público LGBT, estratégias que promovem a inserção social, a imagem positiva e a disseminação do conhecimento sobre as formas de prevenção do HIV e de outras DSTs, mas ainda há desafios. E o principal deles, para o Departamento, é o acolhimento dessa população nos serviços de saúde.
 

“O reconhecimento do nome social no Sistema Único de Saúde (SUS), desde 2008, foi um grande passo nessa direção. Agora, é necessário ir além, desenvolvendo ações para que os profissionais estejam, cada dia mais, cientes do dever de tratar bem a todos, independente da orientação sexual”, ressalta a nota.
 

Para o Departamento, a homofobia deve ser caracterizada como crime, passível de punição.
 

Redação da Agência de Notícias da Aids 
Fonte: http://www.agenciaaids.com.br/noticias/interna.php?id=18983