quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Unaids Brasil lança site sobre iniciativa internacional de educação escolar como forma de combate ao HIV

Unaids Brasil lança site sobre iniciativa internacional de educação escolar como forma de combate ao HIV



A educação sexual é uma ação estratégica para o enfrentamento da gravidez e das infecções pelo HIV entre adolescentes e jovens de 15 a 24 anos de idade. Por essa razão, Argentina, Brasil, Chile, Paraguai Peru e Uruguai deram início, em 2007, ao projeto de cooperação Sul-Sul “Harmonização de Políticas Públicas parta a Educação Sexual e a Prevenção do HIV/Aids no Ambiente Escolar”. Recentemente, Guatemala, Colômbia e Bolívia somaram-se à iniciativa.

Como ficou acordado na mais recente reunião de avaliação do projeto, o site institucional foi lançado pelo Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids) Brasil. O endereço é www.unaids.org.br/educacion_sexual.

O objetivo da cooperação é fortalecer as políticas públicas para garantir a educação integral da sexualidade e da prevenção do HIV no âmbito escolar, com foco no desenvolvimento de competências das crianças, dos adolescentes e jovens para enfrentar a discriminação, o estigma e a exclusão social que aumentam a vulnerabilidade ao HIV.

Cada um dos países participantes desenvolveu um plano de trabalho específico para alcançar os objetivos comuns e estabeleceu um comitê gestor, com a participação dos Ministérios da Educação, Saúde e setores da sociedade civil.

Outros resultados importantes foram o fortalecimento da cooperação multisetorial e a criação de estruturas para a gestão de programas de educação sexual nos ministérios da Educação, assim como o aumento da participação do setor educativo na respostas à aids e da liderança dos ministérios da Educação na prevenção ao HIV.

O projeto contou com a participação de diversas agências de cooperação internacional.

Redação da Agência de Notícias da Aid
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Dica de Entrevista
Unaids Brasil
Pedro Chequer – coordenador
Tel: (61) 3038-9220

Fonte: http://www.agenciaaids.com.br/noticias/interna.php?id=18228

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Hoje é Dia Mundial de Luta Contra a Aids



Origem do Dia Mundial de Luta Contra a Aids

O Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi criado para relembrar o combate à doença e despertar nas pessoas a consciência da necessidade da prevenção, aumentar a compreensão sobre a síndrome e reforçar a tolerância e a compaixão às pessoas infectadas.
Foi a Assembleia Mundial de Saúde, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), que instituiu a data de 1º de dezembro. A decisão foi tomada em outubro de 1987. No Brasil, a data passou a ser comemorada a partir de 1988, por decisão do Ministro da Saúde.
A cada ano, diferentes temas são abordados, destacando importantes questões relacionadas à doença. Em 1990, por exemplo, quando a Aids ainda era mais disseminada entre os homens, o tema foi "A Aids e a Mulher". Em 1997, foi a vez de as crianças infectadas serem lembradas. A importância da família e da união de forças também já foram destacadas como importantes aliados da luta contra a Aids.

Circuncisão pode reduzir em 50% risco de HIV

A circuncisão pode reduzir em 50% o risco de transmissão do HIV, segundo estudo divulgado no 16º Congresso Internacional sobre a Aids, realizado em agosto em Toronto. A pesquisa do Grupo Mundial de Trabalho de Prevenção do HIV, uma equipe de 50 especialistas, é apoiado por Bill e Melinda Gates.

Infectologistas brasileiros reconhecem que circuncisão pode diminuir as chances de transmissão. Para Gustavo Loubet Guimarães, especialista em doenças infecciosas pela USP, a circuncisão deixa a mucosa da glande mais resistente, pois o prepúcio é retirado e a glande fica exposta sempre, não apenas durante a relação sexual. "Assim há menos chances de que ocorram microfissuras ou microtraumas, por onde o vírus HIV pode infectar o indivíduo".

O infectologista e professor adjunto da Unifesp Adauto Castelo Filho disse que a circuncisão diminui a exposição dos linfócitos, células utilizadas pelo vírus HIV para contaminar o indivíduo, que são abundantes na região do prepúcio.

"No futuro pode ser possível que os médicos recomendem a circuncisão aos meninos por uma questão de saúde. Além do HIV, o indivíduo tem menos chances de ter câncer no pênis", diz Guimarães. "Mas precisamos deixar bem claro que o indivíduo não fica imune ao vírus HIV e, portanto a prevenção tem que ser a mesma."

Em 25 anos, a Aids atingiu 65 milhões de pessoas, das quais 25 milhões morreram. Cerca de 39 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com a doença ou são soropositivas. Em 2005 foram registrados 4,1 milhões de novos contágios e morreram 2,8 milhões de pessoas. Até agora não existe cura para a Aids, apenas tratamentos com remédios antirretrovirais para reduzir os níveis de HIV a níveis administráveis. A busca por uma vacina ainda não deu resultados.


Mais InformaçõesAids

sábado, 26 de novembro de 2011

Informativo 26 nov 2011

Brasileiras vítimas de violência no exterior ganham serviço de apoio 

 

Brasília – Brasileiras que estão em Portugal, na Espanha e na Itália em situação de risco e ameaça ganham a partir de hoje (25) mais apoio. É um número de telefone para o qual elas fazem a chamada, relatam o problema e indicam o que querem que seja feito. O projeto é piloto, mas a ideia é estendê-lo para a Europa e as Américas. O serviço é resultado de uma parceria da Secretaria de Políticas paras as Mulheres (SPM) e dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores.

O serviço chamado de Ligue 180 é gratuito e será lançado hoje em Brasília pelos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, e pelo secretário executivo do Ministério das Relações Exteriores, Ruy Nogueira. Há dois anos, o governo brasileiro vinha trabalhando para a criação desse canal de apoio. As mulheres em situação de violência no Brasil já tinham acesso ao serviço, por meio do número de telefone 180.

“A ideia é estar disponível 24 horas. Antes havia o apoio prestado pelos serviços consulares, muitas vezes o pedido de ajuda não ocorria porque algumas mulheres ficavam constrangidas de relatar o que estavam passando. Agora haverá um atendimento só para elas”, disse a chefe do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, Maria Luiza Ribeiro Lopes da Silva.

A diplomata disse que a orientação é para que as atendentes recebam as queixas e providenciem os encaminhamentos desejados pelas mulheres que fazem as reclamações. “O telefonema pode ser anônimo. Se a mulher não quiser fornecer detalhes por temor ou receio, a reclamação será feita da mesma forma”, disse Maria Luiza Silva.

Pelos dados divulgados na primeira quinzena deste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 491.645 brasileiros viviam em 193 países, em 2010. Porém, esse número não inclui as pessoas que podem ter emigrado, por exemplo. Os principais países procurados pelos brasileiros são os Estados Unidos, Portugal, a Espanha, o Japão, a Itália e a Inglaterra.
“Hoje, infelizmente, apenas temos informações de que as queixas de violência contra a mulher são numerosas. Mas essas pessoas que sofrem, as vítimas, ainda são invisíveis. Queremos saber qual é a demanda para tomar as devidas providências e evitar que o problema permaneça”, disse Maria Luiza Silva.

Para criar o serviço de apoio às mulheres, o governo brasileiro considerou os locais onde há mais registros de casos de violência contra pessoas do sexo feminino. O mapeamento foi feito com base em dados da Polícia Federal, dos consulados brasileiros no exterior e da Secretaria de Políticas paras as Mulheres.

Nesta primeira etapa do serviço, atuam os consulados do Porto e de Lisboa (Portugal), de Madri e Barcelona (Espanha) e de Milão e Roma (Itália). Para entrar em contato com o serviço há três números distintos. Se a mulher estiver em Portugal, ela deve telefonar para 800 800 550, pedir a opção 3 e discar 61 37 99 01 80.

Caso a brasileira esteja na Espanha, o número que deve ser discado é 900 990 055, com a escolha da opção 3. Em seguida, ela deve discar 61 37 99 01 80. Se a mulher estiver na Itália, o número a ser discado é 800 172 211, opção 3. Depois, ela deve discar 61 37 99 01 80. O serviço estará disponível 24 horas, segundo o Ministério das Relações Exteriores.

Edição: Juliana Andrade

 

O mapa do prazer feminino

A ciência identifica as áreas do cérebro ativadas da excitação ao clímax e abre novas fronteiras para o tratamento de disfunções sexuais da mulher

Por Monique Oliveira
 
Entender o orgasmo é entender um pouco mais do cérebro. O ciclo que vai da excitação ao prazer sexual não só exige muito de nossa fisiologia (respiração, batimentos cardíacos) como a ele se juntam visíveis marcadores de alterações psicológicas, como a breve perda da autoconsciência. Compreender o orgasmo feminino, então, é avançar mais significativamente nessa tarefa. Afinal, compreender a fundo a sexualidade da mulher sempre foi um desafio para a ciência. Apesar das dificuldades, alguns estudos começam a descortinar esse processo.

Um deles, divulgado na última semana, é do psicólogo Barry Komisaruk, da Universidade de Rutgers (EUA). Com o auxílio de um aparelho de ressonância magnética, ele mapeou o que aconteceu no cérebro da terapeuta sexual Kayt Stukel do início da excitação sexual ao clímax. Komisaruk pretende usar as informações para tratar disfunções sexuais como a ausência de orgasmo (com um método em que a paciente possa ao mesmo tempo estimular seus órgãos genitais e assistir às reações de seu cérebro em tempo real). “Dessa forma, ela poderá tentar atingir as áreas estimuladas durante o ciclo sexual”, disse à ISTOÉ Komisaruk.

O cientista verificou que o processo acionou 80 partes do cérebro. Houve, por exemplo, atividade intensa do cerebelo (cujo papel no sexo ainda não está esclarecido) e do sistema límbico (associado às emoções). No clímax, há grande circulação sanguínea em todo o cérebro, um sinal de que o órgão está inteiramente mobilizado. Já a ativação do córtex pré-frontal ocorre somente na excitação. A descoberta de que existe a estimulação dessa área foi a grande contribuição de Komisaruk. A partir da informação, acredita-se que será possível desvendar o mecanismo por meio do qual fantasias sexuais (processadas nessa área) podem causar reações físicas.

O estudo evidenciou diferenças nos mecanismos que levam ao prazer vividos por homens e mulheres. No homem, por exemplo, não há ativação do córtex pré-frontal na excitação. “É provável que o homem e a mulher entrem no ciclo sexual de maneiras diferentes”, explica Janniko Georgiadis, da Universidade de Grönigen, na Holanda. Foi na instituição holandesa que o médico Gert Holstege levantou dados sobre o orgasmo masculino anos antes. Entre outras informações, ele mostrou que, no clímax masculino, ocorre o desligamento de algumas regiões do cérebro. Já no estudo de Komisaruk, observou-se a ativação total do cérebro feminino.

Apesar das diferenças, há especialistas que discordam que a cada ativação de uma área sucede-se uma única resposta fisiológica. “O córtex pré-frontal, por exemplo, é responsável por inúmeras funções”, diz Martin Portner, neurologista especializado em sexualidade e autor de “A Inteligência Sexual”. A teoria mais aceita é que haja ligações e desligamentos simultâneos, já que a excitação e o orgasmo estimulam estruturas que antes do estímulo estavam sob controle de outras. “Esse efeito de controle precisa ser removido para que essas regiões sejam recrutadas para outro fim”, explica Portner. A desativação também seria a responsável pela momentânea perda de consciência. “Estruturas normalmente ligadas a decisões conscientes são praticamente desligadas no orgasmo”, diz Georgiadis.

Juntamente com essas conexões e desligamentos, é possível que haja outras vias neurológicas para o prazer. Foi o que mostrou outro estudo de Komisaruk, que mapeou o cérebro de duas voluntárias tetraplégicas. Elas tinham interrompida a comunicação, via medula espinhal, entre o cérebro e o resto do corpo. E mesmo assim atingiram o orgasmo pela estimulação do clitóris e da vagina.  


Fonte: http://www.istoe.com.br

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Informativo 23 nov 11




Aids: cai número de infecções e mortes
Relatório divulgado pelas Nações Unidas mostra que o número de soropositivos caiu 21% desde 1971
Parte inferior do formulário

Um relatório divulgado nesta segunda-feira (21) pela Unaids, braço das Nações Unidas que reúne estatísticas sobre a Aids, mostra que o número de novas infecções pelo vírus HIV caiu 21% desde 1997 e o de mortes relacionadas à Aids diminuiu 21% desde 2005. O relatório revela que, em 2010, 34 milhões de pessoas no mundo viviam com o vírus HIV. No ano passado, foram 2,7 milhões de novas infecções e 1,8 milhão de óbitos por conta de complicações ligadas à Aids.

Para Michael Sidibé, diretor executivo da Unaids, mesmo com a crise financeira mundial, o combate à doença não sofreu grandes consequências. Segundo a agência, o acesso a tratamento poupou 2,5 milhões de vidas desde 1995. O número recorde, segundo a agência, se deve ao prolongamento cada vez maior da vida de pessoas contaminadas, graças aos avanços nas terapias contra doença.

Pessoas que vivem com HIV estão vivendo mais e mortes relacionadas à Aids estão diminuindo devido aos efeitos da terapia anti-retroviral. Segundo o relatório, desde 2005, óbitos relacionados à aids diminuiu de 2,2 milhões para 1,8 milhões, em 2010. Cerca de 2,5 milhões de mortes foram evitadas em países de baixa e média renda, devido ao maior acesso ao tratamento de HIV desde 1995.  

De acordo com o relatório, o Brasil tem investido de forma adequada há anos e está na vanguarda de garantir o acesso à prevenção do HIV e oferecer tratamento para doença. Em 2008, o governo brasileiro investiu mais de US$ 600 milhões, quantidade menor do que a da Rússia, que destinou US$ 800 milhões. Mas, segundo o relatório, mesmo investindo menos, a política brasileira de combate à Aids tem sido mais eficaz do que a da Rússia.   

No Brasil, dados atualizados sobre infecções e mortes serão divulgados pelo Ministério da Saúde no dia 1º de dezembro, dia mundial de luta contra a doença. A Unaids destacou o papel do país ao atender pacientes "mais vulneráveis e marginalizados”.

Na América Latina, os números da epidemia continuam estáveis, de acordo com a Unaids, com uma média de 100 mil novos casos de infecção a cada ano desde 2001. As mulheres são um terço das pessoas infectadas até 2010.


Meditação pode melhorar sexo para mulheres

A ansiedade e problemas de autoestima podem impedir que a mulher se sinta confortável durante a relação sexual. Frequentemente elas têm pensamentos como “eu sou bonita o suficiente?” ou “será que eu estou fazendo isto da forma correta?” durante o ato, e não conseguem sentir o estímulo sexual inteiramente.

De acordo com um novo estudo desenvolvido na Universidade Brown (nos EUA), a meditação de consciência plena pode ajudar essas mulheres a controlarem melhor seus pensamentos, por ensinar o indivíduo a concentrar sua mente no momento presente, silenciando os ruídos mentais.

“Ao invés de sentir, elas ficam presas em suas cabeças”, explica a pesquisadora Gina Silverstein. “É impressionante como a meditação de consciência plena pode aumentar a autocompaixão, diminuir a ansiedade e melhorar a atenção”, completa.