Que tal
nós dois? Se o sexo virou um mero acaso no seu relacionamento, é preciso
refletir sobre algumas questões. Aqui, um guia para você começar a pensar a
respeito
A tirinha
bem-humorada que você vê nesta página, de autoria do cartunista Adão Iturrusgarai,
é parte de um livro lançado em parceria com a antropóloga Mirian Goldenberg,
que há duas décadas faz estudos sobre sexualidade e intimidade. Em Tudo o que
você não quis saber sobre o sexo, a dupla usa o bom humor para tocar num
assunto sério: desejo e falta de desejo sexual, além de traição, parceiros
ideais e por aí vai. “O sexo é algo muito mais caótico e complexo do que
imaginamos. Procurar regras para o desejo sexual parece ser uma busca inútil”,
acredita a pesquisadora. Refletir sobre o assunto, no entanto, é vital para
manter os relacionamentos.
Não é à toa que pipocam nas prateleiras livros e compêndios. Entre regras rasteiras e estudos sérios, há certezas inabaláveis. Uma delas é que, inevitavelmente, o sexo no casamento passa por transformações. Sejam elas provocadas pela chegada dos filhos, por problemas financeiros, desemprego de um dos cônjuges ou por razões biológicas — sim, os hormônios ditam mudanças no corpo e interferem na libido. “O que geralmente ocorre é que o estresse do dia a dia e as várias atribuições pessoais distanciam as pessoas automaticamente umas das outras”, descreve a sexóloga Rosenilda Moura da Silva, sócia-fundadora da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, terapeuta sexual há mais de 25 anos. Nesse contexto, a redução na frequência sexual é um dos sintomas observados, embora não seja o único.
No semestre passado, o jornal britânico The Guardian publicou uma pesquisa realizada no Reino Unido sobre a vida sexual de solteiros e casados. Apesar de a maioria considerar o sexo com um parceiro estável melhor que o sexo casual, 39% disseram que a vida íntima no casamento não estava lá essas coisas. Essa porcentagem é ainda maior quando os entrevistados revelam o tempo do relacionamento. A pesquisa The Sex Census 2012 se restringiu aos ingleses, mas o problema não é exclusivo deles.
No Brasil, a mais abrangente pesquisa sobre a vida sexual dos brasileiros, a Mosaico Brasil, foi realizada em 2008 pelo ProSex, programa do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Coordenada pela psiquiatra Carmita Abdo, a pesquisa avaliou mais de 8 mil e 200 participantes — 51,1% homens e 48,9% mulheres — entre 18 e 80 anos, distribuídos por 10 capitais, incluindo Brasília.
Segundo o levantamento, 94% dos homens e das mulheres consideram o sexo importantíssimo para a harmonia do casal. No entanto, 35% dos homens e 33% das mulheres confirmam que um relacionamento de longa data, se acomodado, interfere negativamente no sexo. Afinal de contas, a vida sexual dos casados está com os dias contados depois dos primeiros anos da promessa de “felizes para sempre”? Não necessariamente.
Para especialistas, o sexo pode mudar de qualidade e intensidade a qualquer momento da relação. Para entender melhor essa dinâmica e conseguir espantar o gelo na cama, é preciso considerar alguns fatores. São eles: 1)homens e mulheres pensam o sexo de maneira diferente; 2)fatores que transformam a rotina do casal, como a chegada dos filhos e as dificuldades financeiras, interferem sim na vida sexual; 3) dialogar sobre sexo não é trocar ideias sobre o assunto numa mesa de bar ao lado de amigos, apesar de este também ser um canal de conversas; 4) conhecer a si próprio e entender o relógio biológico ajuda a vencer as dificuldades nessa seara.
Não é à toa que pipocam nas prateleiras livros e compêndios. Entre regras rasteiras e estudos sérios, há certezas inabaláveis. Uma delas é que, inevitavelmente, o sexo no casamento passa por transformações. Sejam elas provocadas pela chegada dos filhos, por problemas financeiros, desemprego de um dos cônjuges ou por razões biológicas — sim, os hormônios ditam mudanças no corpo e interferem na libido. “O que geralmente ocorre é que o estresse do dia a dia e as várias atribuições pessoais distanciam as pessoas automaticamente umas das outras”, descreve a sexóloga Rosenilda Moura da Silva, sócia-fundadora da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, terapeuta sexual há mais de 25 anos. Nesse contexto, a redução na frequência sexual é um dos sintomas observados, embora não seja o único.
No semestre passado, o jornal britânico The Guardian publicou uma pesquisa realizada no Reino Unido sobre a vida sexual de solteiros e casados. Apesar de a maioria considerar o sexo com um parceiro estável melhor que o sexo casual, 39% disseram que a vida íntima no casamento não estava lá essas coisas. Essa porcentagem é ainda maior quando os entrevistados revelam o tempo do relacionamento. A pesquisa The Sex Census 2012 se restringiu aos ingleses, mas o problema não é exclusivo deles.
No Brasil, a mais abrangente pesquisa sobre a vida sexual dos brasileiros, a Mosaico Brasil, foi realizada em 2008 pelo ProSex, programa do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Coordenada pela psiquiatra Carmita Abdo, a pesquisa avaliou mais de 8 mil e 200 participantes — 51,1% homens e 48,9% mulheres — entre 18 e 80 anos, distribuídos por 10 capitais, incluindo Brasília.
Segundo o levantamento, 94% dos homens e das mulheres consideram o sexo importantíssimo para a harmonia do casal. No entanto, 35% dos homens e 33% das mulheres confirmam que um relacionamento de longa data, se acomodado, interfere negativamente no sexo. Afinal de contas, a vida sexual dos casados está com os dias contados depois dos primeiros anos da promessa de “felizes para sempre”? Não necessariamente.
Para especialistas, o sexo pode mudar de qualidade e intensidade a qualquer momento da relação. Para entender melhor essa dinâmica e conseguir espantar o gelo na cama, é preciso considerar alguns fatores. São eles: 1)homens e mulheres pensam o sexo de maneira diferente; 2)fatores que transformam a rotina do casal, como a chegada dos filhos e as dificuldades financeiras, interferem sim na vida sexual; 3) dialogar sobre sexo não é trocar ideias sobre o assunto numa mesa de bar ao lado de amigos, apesar de este também ser um canal de conversas; 4) conhecer a si próprio e entender o relógio biológico ajuda a vencer as dificuldades nessa seara.
por Maria
Júlia Lledó em: http://www.correiobraziliense.com.br
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