Madame Bovary
Por Carolina Freitas
Madame Bovary é um
clássico, publicado em 1857, por Flaubert. Foi um dos escândalos da época por
retratar a infidelidade feminina em pleno século XVII, na França. Porém, este
desembaraçar de relações é de uma fantástica sutileza, sendo todos os
movimentos importantes.
Os valores da nobre
sociedade francesa e sua sexualidade são retratados nos menores detalhes:
movimentos de cortinas, posição de móveis, passos na casa, xales e galochas...
Existem dois importantes
personagens neste romance: Charles, que é um homem obstinado, perseverante e
estudioso. Tornou-se médico para sustentar a mãe – é órfão de pai. Realiza seu
primeiro casamento por status, ela morre. Casa-se, então, com Emma, que é uma
mulher órfã de mãe, egoísta e fantasiosa. Foi interna de um colégio de freira,
onde teve uma educação incompatível com sua realidade, pois tendo um pai
fazendeiro e rude foi criada como uma madame. Conhecendo Charles na fazenda de
seu pai, casa-se com ele por puro interesse, pois não havia amor, mas sim
pretensão de acesso à nobreza por casar-se com um médico.
Há entre este casal um
montante de dívidas por não haver dinheiro suficiente que mantivesse o jogo de
interesse de ambos – o status. E, também, os amantes de Emma, que mantinham vívidas
suas fantasias de amor romântico, apesar de vivenciar um amor paixão de seu
marido e o amor erótico de seus amantes.
É um livro de leitura
lenta e cuidadosa. Faz com que nos lembremos de ser importante estarmos sempre atentos
aos detalhes de uma vida, de um relacionamento.
Flaubert,
G. (1944) Madame Bovary. São Paulo: Ed. Clube do livro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário