quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Hoje é Dia Mundial de Luta Contra a Aids



Origem do Dia Mundial de Luta Contra a Aids

O Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi criado para relembrar o combate à doença e despertar nas pessoas a consciência da necessidade da prevenção, aumentar a compreensão sobre a síndrome e reforçar a tolerância e a compaixão às pessoas infectadas.
Foi a Assembleia Mundial de Saúde, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), que instituiu a data de 1º de dezembro. A decisão foi tomada em outubro de 1987. No Brasil, a data passou a ser comemorada a partir de 1988, por decisão do Ministro da Saúde.
A cada ano, diferentes temas são abordados, destacando importantes questões relacionadas à doença. Em 1990, por exemplo, quando a Aids ainda era mais disseminada entre os homens, o tema foi "A Aids e a Mulher". Em 1997, foi a vez de as crianças infectadas serem lembradas. A importância da família e da união de forças também já foram destacadas como importantes aliados da luta contra a Aids.

Circuncisão pode reduzir em 50% risco de HIV

A circuncisão pode reduzir em 50% o risco de transmissão do HIV, segundo estudo divulgado no 16º Congresso Internacional sobre a Aids, realizado em agosto em Toronto. A pesquisa do Grupo Mundial de Trabalho de Prevenção do HIV, uma equipe de 50 especialistas, é apoiado por Bill e Melinda Gates.

Infectologistas brasileiros reconhecem que circuncisão pode diminuir as chances de transmissão. Para Gustavo Loubet Guimarães, especialista em doenças infecciosas pela USP, a circuncisão deixa a mucosa da glande mais resistente, pois o prepúcio é retirado e a glande fica exposta sempre, não apenas durante a relação sexual. "Assim há menos chances de que ocorram microfissuras ou microtraumas, por onde o vírus HIV pode infectar o indivíduo".

O infectologista e professor adjunto da Unifesp Adauto Castelo Filho disse que a circuncisão diminui a exposição dos linfócitos, células utilizadas pelo vírus HIV para contaminar o indivíduo, que são abundantes na região do prepúcio.

"No futuro pode ser possível que os médicos recomendem a circuncisão aos meninos por uma questão de saúde. Além do HIV, o indivíduo tem menos chances de ter câncer no pênis", diz Guimarães. "Mas precisamos deixar bem claro que o indivíduo não fica imune ao vírus HIV e, portanto a prevenção tem que ser a mesma."

Em 25 anos, a Aids atingiu 65 milhões de pessoas, das quais 25 milhões morreram. Cerca de 39 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com a doença ou são soropositivas. Em 2005 foram registrados 4,1 milhões de novos contágios e morreram 2,8 milhões de pessoas. Até agora não existe cura para a Aids, apenas tratamentos com remédios antirretrovirais para reduzir os níveis de HIV a níveis administráveis. A busca por uma vacina ainda não deu resultados.


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