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603 milhões de mulheres vivem em países onde violência de gênero não é crime
Milhares de mulheres em todo o mundo continuam vivenciando injustiças, violência e desigualdade em seus lares, ambientes de trabalho e na vida pública. É o que afirma o relatório "Progresso das mulheres no mundo: em busca da justiça", primeiro grande documento elaborado pela ONU mulheres, e lançado no início deste ano.
Em uma conferência de imprensa realizada hoje (06/07) na sede da ONU em Nova York (EUA), a Diretora Executiva da ONU mulheres, Michelle Bachelet, disse que o documento visa “inspirar ações corajosas dos governos e da sociedade civil para cumprir com seus compromissos e acelerar as conquistas dos direitos das mulheres em todo o mundo”.
O relatório afirma que no último século houve grandes transformações nos direitos legais das mulheres. No entanto, para a maioria delas, as leis existentes no papel ainda não se traduzem em igualdade e justiça. Também é apontado que, apesar de 139 países e territórios garantirem a igualdade de gênero em suas constituições, muitas mulheres continuam a passar por situações de injustiça, violência e desigualdade em suas casas locais de trabalho. “Igualdade plena exige que mulheres se tornem iguais aos homens sob os olhos da lei – em suas casas, no trabalho e na esfera pública”, afirmou Bachelet.
Enquanto a violência contra as mulheres é condenada em 125 países, outras 603 milhões de mulheres em todo o mundo vivem em países onde as agressões contra elas ainda não são consideradas crimes. Além disso, de acordo com a ONU Mulheres, muitas deixam de relatar crimes devido ao estigma social e ao fraco sistema jurídico.
Os altos custos e as dificuldades práticas para buscar a justiça também são responsáveis pelas altas quedas dos casos de mulheres que buscam reparação, principalmente no tocante à violência de gênero.
O relatório conclui que “ao mudar as leis e dar às mulheres o apoio prático para ver a justiça ser feita, nós podemos mudar a sociedade e garantir que mulheres e homens possam desfrutar de uma igualdade real no futuro”.
Fonte: http://onu.org.br
Mulheres denunciam casos de agressão dentro do próprio lar
Setenta e cinco mulheres foram chamadas para um mutirão de audiências. A maioria desiste do processo. Das 42 que vieram, só oito resolveram manter o processo contra o companheiro agressor.
Duas mil mulheres registraram boletim de ocorrência por agressão, de janeiro a março deste ano, na grande Vitória, no Espírito Santo. O repórter Thiago Jock acompanhou por uma semana o trabalho de uma delegacia da mulher de Serra. É o estado onde morreram mais mulheres assassinadas em dez anos.
Os repórteres Eliane Scardovelli e Victor Ferreira vão ouvir homens acusados de violência domestica em São José do Rio Preto, no interior paulista. Em três cidades brasileiras, o homem acusado pela primeira vez tem a alternativa de frequentar um grupo de reeducação para agressores.
Há dois anos, a justiça de São Paulo criou um juizado especial só para julgar casos de violência doméstica. As repórteres Gabriela Lian e Paula Akemi mostram como funciona esse trabalho.
Setenta e cinco mulheres foram chamadas para um mutirão de audiências. A maioria desiste do processo. Das 42 que vieram, só oito resolveram manter o processo contra o companheiro agressor.
Uma mulher ligou para a redação da TV Globo pedindo ajuda para a amiga Thais Rossetti, guarda civil. Thais foi casada com o bombeiro Daniel Botelho durante cinco anos. Hoje, vive escondida do ex-marido.
Há um ano, Thais saiu de casa com os filhos. Ela conseguiu na Justiça uma medida protetiva para que o ex-marido não chegasse perto. Daniel está preso há quatro meses por causa dessas ameaças. Daqui a duas semanas, a Justiça vai decidir se ele vai ser posto em liberdade.
Vídeo: http://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2011/07/mulheres-denunciam-casos-de-agressao-dentro-do-proprio-lar.html
Fonte: http://g1.globo.com/profissao-reporter
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